A Equatorial Piauí registrou 1.333 ocorrências de furto de cabos da rede elétrica durante o ano de 2021. As ações, provocadas por intervenção de terceiros, além de configurar crime, representam um risco à vida, danificam a rede, geram prejuízos financeiros e causam a interrupção do fornecimento de energia.
De acordo com os dados registrados pela distribuidora, as cidades de Teresina, Parnaíba, Picos, Luís Correia e Barras lideram o ranking dos municípios com os maiores números de ocorrências relacionadas ao furto de cabos. A capital responde por 55% dos registros.
“Infelizmente, ainda registramos essas ações de furtos de cabos, que causam prejuízos financeiros para a distribuidora, clientes e para o fornecimento de energia aos clientes da região afetada. Recursos humanos e materiais que são utilizados para recompor a rede elétrica, poderiam estar sendo usados para investimentos. Temos tratado também junto aos órgãos de segurança para coibir essa prática criminosa”, afirmou Abraão Galeno, Executivo de Estudos Operacionais da Equatorial Piauí.
Na região norte, as cidades de Parnaíba e Luís Correia registraram juntas quase 300 ocorrências no último ano, impactando o fornecimento diretamente para cerca de 17 mil clientes. “A cidade de Parnaíba foi responsável por 18% das ocorrências em 2021, sendo o segundo município com maior número de casos. Essas ações criminosas causam prejuízos nos atendimentos essenciais, como hospitais, afetam o turismo da região norte e o fornecimento para nossos clientes residenciais. Ainda registramos novas ocorrências em 2022, mas seguimos trabalhando para coibir esses casos”, ressalta Flávio Roque, Gerente de Serviços Técnicos e Comerciais da Região Norte.
A empresa reforça que o furto de cabos, seja do ramal de serviço do cliente ou condutores da rede elétrica da distribuidora, impacta as atividades diárias e dificulta a programação dos serviços de manutenção. "Aqui em Parnaíba ficamos sem energia no mês passado por quase 24 horas em função do furto de cabos, conforme foi constatado pelas autoridades policiais. Isso causa muito problema, pois hospitais, construção civil, internet e diversas outras atividades da nossa vida cotidiana dependem da energia. Toda a população fica prejudicada com essa prática criminosa", contou o aposentado José Alencar, morador de Parnaíba.