Mulher é poder, carinho, acolhimento, liderança, esperança e, sobretudo, respeito. Em todos os fatos históricos que deram origem a esta data, no início do século XX, quando elas lutaram por melhores condições de vida e trabalho, até a conquista por votos, representatividade política ou até o fato de poder sair sozinha de casa, trabalhar em cargos de autoridade e espaços antes ocupados apenas por homens, ou mesmo ter voz e vez de falar e se expressar, em tudo isso há a grandiosa energia de ser mulher.

Intimidar-se com um ambiente essencialmente masculino, inclusive, nunca esteve nos planos de Marise Franco, executiva de Planejamento e Expansão da Equatorial Piauí, que escolheu ser Engenheira Eletricista desde muito cedo, ainda na faculdade. Ela já sofreu preconceito por ser mulher e loira, além de perceber olhares de reprovação por causa de sua profissão, mas sempre se impôs como profissional qualificada e dedicada para que suas habilidades viessem a frente dos comentários às vezes maldosos, que sempre evitou internalizar. “Levantar a cabeça e sempre seguir em frente sempre foi meu lema”, pontua a executiva.

Mais do que inspirar apenas as próprias mulheres, Marise acredita que o exemplo das mulheres inspira a todas as pessoas. “Nós somos essencialmente positivas, solidárias e empáticas. Isso nos coloca no papel de admiração e inspirar acaba sendo uma forma mais natural de dar esperanças. O ‘se ela conseguiu e ela é igual a mim, eu também posso’, faz toda a diferença”.

Desbravar caminhos também foi uma tarefa para a primeira mulher Eletricista do quadro próprio de colaboradores da Equatorial Piauí, a Myrcea Coelho, que hoje atua como Analista no Centro de Operações Integradas. Além da formação em Eletrotécnica, ela concluiu o curso de Serviço Social e agora cursa Engenharia Elétrica. Mas quem disse que ela se intimidou com os desafios? “A discriminação existiu, mas aos poucos eles foram entendendo que quando a gente tem conhecimento pode entrar em qualquer área”.

A energia também emana e transparece no olhar, no sorriso, na fala, na pele e na posição de destaque que ocupa a delegada Vilma Alves, que há mais de 30 anos é a delegada titular da Delegacia da Mulher e foi a primeira mulher e a primeira negra a integrar os quadros da Secretaria Estadual de Segurança Pública do Piauí. Por toda a sua representatividade no combate à violência contra a mulher no estado, foi escolhida como uma das protagonistas do nosso vídeo institucional em alusão à data – CLIQUE AQUI para assistir.

Como sempre, o caminho não foi fácil, e trilhar ele até hoje tem muita importância. “A pele que eu tenho é uma honra pra mim, eu sou negra com orgulho. Eu me amo, porque eu sempre fui amada. Por isso nunca me aborreci com o que falavam e o preconceito pelo qual passei, mas nunca deixei de lutar por mim e por todas as outras mulheres que necessitam de apoio na busca por seus direitos, independentemente de ela chegar à delegacia de chinelo ou de salto alto. O acolhimento é o mesmo”.

Ser tudo e provar que pode tudo está no DNA de todas elas. Na luta, no destaque, no orgulho e na dedicação da Marise, da Myrcea e da Vilma, escritas nessas linhas, ainda caberia uma infinidade de detalhes e adjetivos positivos. Mas acima de tudo cabe também a existência e a história de muitas Anas, Marias, Joanas, Giselles, Júlias, Jéssicas, Luanas, Giovannas, Amandas, Thaizys e tantas outras personagens com momentos tão admiráveis e incríveis a serem contados. Mulheres que todos os dias vivem, crescem, correm, se desenvolvem e constroem um dia a dia melhor pra si e pra todos que as cercam. Resistir, existir e ser energia. Esse é o real significado de ser mulher. Não só nesse 8 de março, mas sempre que uma mulher avançar e conquistar o espaço que merece.